domingo, 3 de junho de 2012

RELAÇÃO DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Como as demais instituições sociais, a família e a escola passam por mudanças que redefinem sua estrutura, seu significado e o seu papel na sociedade. É o que tem acontecido neste início do século XXI, em função de diversos fatores, sobretudo, a emancipação feminina. Com isso, os papéis da escola foram ampliados para dar conta das novas demandas da família e da sociedade. Esse é um fato que deve, necessariamente, ser levado em consideração quando se trabalha com a escola. Negá-lo é agir fora da realidade e não obter resultados satisfatórios. A família e a escola são parceiras fundamentais no desenvolvimento de ações que favoreçam o sucesso escolar das crianças. E é obrigação dos pais matricularem seu filho e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar. Sob esta perspectiva propõe-se com esta pesquisa desenvolver um estudo capaz de compreender como os professores pensam a participação dos pais na escola e se ela é realmente importante; se existem conflitos presentes na relação família/escola com relação a seus papéis no processo de formação da criança. Propõe-se também identificar com que freqüência ocorre a presença das famílias nas atividades escolares; porque é importante que a família participe da vida escolar da criança? se a comunicação entre família e escola deveria ser mais estudada porque essas duas instituições precisam uma da outra; a participação da família influencia negativamente ou positivamente no desenvolvimento escolar dos filhos? Assim este estudo, entre tantos outros oferece pistas para podermos compreender a relação entre a família e a escola.

2. Objetivos
Analisar como se estabelece a relação família/escola na Educação Infantil; investigar se a escola colabora para que haja um elo entre ela e a família; investigar a importância do contato entre família e escola e se essa relação incide no rendimento escolar da criança; identificar as situações em que há distanciamento entre as duas instituições.

3. Metodologia
A família passa para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar dos filhos. Por sua vez, os pais se recusam a comparecer à escola para “ouvirem sermões”. Por isso para desenvolvermos esta pesquisa serão coletados dados e informações com pais e professores. As informações que possam identificar o sujeito serão omitidas, respeitando as normas de pesquisa envolvendo seres humanos. Para a coleta de dados junto a esses professores utilizaremos entrevistas abertas e grupos focais (se forem necessários). Este instrumento, entrevista aberta, é adequado para estudos que pretendem problematizar os sentidos e significados presentes nas ações e discursos dos sujeitos sociais, pois permitem que o entrevistado sinta-se à vontade para dissertar a respeito do assunto proposto pelo entrevistador. Os grupos focais poderão ser utilizados na medida em que o assunto comum aos pais e professores possa ser debatido.

4. Resultados parciais
A pesquisa encontra-se na fase inicial dos estudos teóricos. Sabe-se que os vários processos pelos quais passaram a escola e a família, nos levam a refletir porque ambas, como instituições se apresentam com essa estrutura nos dias de hoje. Será que a família percebe que o papel da escola é superar a realidade de seus alunos (filhos) para a formação de cidadãos críticos? Segundo Berger e Luckmann (1983) a sociedade é vista como uma realidade objetiva e subjetiva ao mesmo tempo, é entendida em termos de um processo dialético em curso composto de três momentos, exteriorização, objetivação e interiorização. Qualquer análise que considere apenas um ou dois deles é insuficiente. O indivíduo não nasce membro da sociedade, nasce com tendência para sociabilidade e torna-se membro da sociedade. A socialização primária cria na consciência da criança uma abstração progressiva dos papeis e atitudes em geral, definidos como adequados socialmente. O ingresso na escola revela o progresso do sentimento da infância na mentalidade comum e no processo histórico da educação. Assim, é fundamental que façamos um resgate histórico e que conheçamos os alunos e as famílias com as quais lidamos. A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e a flexibilidade para recebermos idéias que podem ser diferentes das nossas. Uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar profundamente a relação família/escola e trazer sérios prejuízos para o sucesso escolar e pessoal dos educandos. A escola precisa ser o espaço de formação e preparação das novas gerações. Os professores precisam aproximar-se de seus alunos tendo o apoio constante da família.

5. Concluindo
Tradicionalmente a família está por trás do sucesso escolar de seus filhos, evidentemente àquelas famílias que colaboram para que isso aconteça. É preciso reconhecer que a família, independente do modelo como se apresente, pode ser um espaço de afetividade e de segurança, mas também de medos, incertezas, rejeições, preconceitos e até de violência. Assim, é fundamental que conheçamos os alunos e as famílias com as quais lidamos. A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e a flexibilidade para recebermos idéias que podem ser diferentes das nossas. Uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar profundamente a relação família/escola e trazer sérios prejuízos para o sucesso escolar e pessoal dos educandos. A escola precisa ser o espaço de formação e preparação das novas gerações. Os professores precisam aproximar-se de seus alunos tendo o apoio constante da família.

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