O método compreensivo, defendido por Weber, consiste em entender as atitudes dos indivíduos na sociedade. A sociologia por ele desenvolvida considerava o indivíduo e sua ação como ponto chave da investigação. Achava que era importante analisar a ação dos indivíduos e não a análise das instituições sociais ou do grupo social em que ele era incerido, defendidas pelo pensamento conservador. Achava importante descobrir as intenções e motivações que levava o indivíduo a determinadas ações.
O objetivo para Weber era a ação social, baseava-se em critérios internos aos indivíduos. Nos conceitos de ação social e definição de seus diferentes tipos, Weber não analisa as regras e normas sociais como exteriores aos indivíduos. Para ele as normas e regras sociais são os resultados do conjunto de ações individuais. Sendo assim o indivíduo é mais importante do que a sociedade, pois é ele quem faz a mesma, pois participam da sua criação social sendo na família, na escola, partido político, a igreja, etc.
Nem toda a ação é uma ação social, só existe ação social, quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações com os demais, A ação social se orienta pelas ações dos outros, as quais podem ser: passadas, presentes ou esperadas como futuras. Weber salientou alguns tipos de ação social e seriam: ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins e ação racional em relação a valores. Ele também faz uma distinção entre ação e relação social: a ação social refere-se a um único indivíduo tendo na sua ação um sentido específico, já a relação social necessita de um compartilhamento da ação com um grupo de pessoas.
Weber consiste em considerar a educação como uma relação associativa, tal como qualquer relação social, orientada racionalmente a um fim que pode criar valores diferentes dos indivíduos. A educação pressupõe uma associação entre os indivíduos, e estes visam a um determinado objetivo. É claro que isso ocorre apenas numa parte das relações associativas, vale salientar, naquelas em que à ação social pressupõe algum contato ‘pessoal’, e não puramente de ‘negócio’
A educação para ele é o modo pela quais os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade, e esta educação é chamada de educação racional, e ainda nos fala que esta educação não está vinculada com um a formação integral do homem, mas uma educação com treinamento visando habilitar na realização de uma determinada tarefa, podendo o indivíduo assim obter poder e dinheiro , dentro da sociedade cada vez mais racionalizada, burocratizada e estratificada. Com isso deve-se despertar algumas ações do tipo: que desperte o carisma: este dom não são todos os indivíduos que o tem, tem que ser revelado pelos mesmo. Preparar o indivíduo para uma conduta de vida, ou seja; preparar um tipo de homem que seja culto, sendo que a idéia de cultura dependerá da camada social a qual o indivíduo está sendo preparado onde Weber chamava de pedagogia do cultivo. Ele ainda destacava uma outra pedagogia que era a pedagogia do treinamento, esta pedagogia preparava um especialista para exercer determinada função dentro da estrutura hierarquizada e burocrática da sociedade capitalista.
Meu pensamento, a respeito dessa questão, é a de que a tendência crescente da especialização dos indivíduos nas sociedades capitalistas expressa a fragmentação da educação, na medida em que todos os indivíduos não possuem essas qualificações especiais. Essa tendência é típica do capitalismo, porque nas sociedades tradicionais a educação era voltada para a formação do homem culto. A preponderância da educação especializada em relação aos demais tipos de educação se dá a partir do processo de desencantamento do mundo, detectado.
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