sábado, 28 de abril de 2012

HOMÔNIMO.Obra de Rui Graciano

JOBEL - o TUBE 

HOMÔNIMO, O CAUSO

João Alberto, um dos mais antigos e famosos radialistas da cidade também conhecido pelo apelido de Araponga, no início da década de 1990, por volta de 93/94, era o que poderíamos chamar de “o faz tudo” dentro da antiga Rádio Antoninense, hoje Rádio Serra do Mar. Muitas vezes abria as portas da Rádio que naquela época localizava-se no Morro da Cruz, era ao mesmo tempo, operador dos equipamentos de estúdio, locutor, telefonista, faxineiro e o que mais precisasse. Pelo que eu me lembro ele apresentava um programa pela manhã, acho que, das nove, dez horas ao meio-dia e retornava depois do almoço para apresentar o outro programa que começava às 13h. Vivíamos neste dia uma típica quarta-feira de cinzas. Um dia preguiçoso, sonolento e que se arrastava orquestrado sob a batuta da  ressaca causada pelos excessos de euforia vividas durante o recém findado Carnaval. E foi assim nesse clima de mente ainda meio embotada que o Araponga anunciava no seu programa da manhã, que tinha uma notícia para dar, mas que gostaria de receber a confirmação antes de colocar a notícia no ar. Para  isso tentava entrar em contato com quem de direito era responsável em confirmar ou desmentir a notícia ainda não revelada.  O clima de expectativa se adensava, e após muita espera quando o relógio já marcava quase meio-dia, no último minuto o Araponga com a voz embargada não poderia  protelar por mais tempo a notícia que não queria se calar, e nitidamente emocionado anuncia que durante a madrugada daquela quarta-feira de cinzas falecia uma das figuras mais folclóricas da cidade. Morrera o Tube.
A notícia se espalha rapidamente e a cidade se consterna. A comoção atinge a  todos afinal de contas o Tube era um sujeito querido pela população.
Tube, antoninense da gema de origem humilde e modesta tinha como profissão ser pintor de paredes. Porém, a sua alma transcendia a sua ocupação principal. Tinha alma de artista. Certamente dedicara-se à pintura de paredes  por que a vida negou-lhe oportunidades, ou sei lá, pela indolência que lhe acometia ou pela eterna inconstância que impôs à sua vida alternando momentos de grande introspecção quando se aproximava das escrituras cristãs e abraçava os princípios religiosos  de maneira quase fanática, intensa, grandiosa, quando então era visto andando de bicicleta pela cidade sempre de terno e gravata, limpo e asseado e invariavelmente levando consigo sua inseparável Bíblia de onde retirava trechos e as famosas “passagens” que insistia em citar de preferência à uma platéia, ávida ou não, de ouvi-lo. Aliás, esta era uma característica sua tanto nos períodos de sobriedade quanto nos de devassidão – talvez aqui eu cometa algum exagero na definição – o fato é que muitas vezes eu não resistia ao vê-lo rodeado de ouvintes de pensar - respeitando é claro as devidas, e devidas, e devidas proporções – que ali estava a nossa versão Carijó do filósofo grego Sócrates. Tube era um sujeito bem articulado, de fala fácil, de pensamento ágil e de boa memória apesar das grandes quantidades de álcool ingeridas nos momentos de baixa do seu ciclo de altos e baixos. Não sei se ele mesmo criava as citações ou se as tirava de outras fontes como a televisão ou o rádio, mas ele tinha frases feitas ótimas como: “nem vem de garfo por que a janta hoje é sopa”, ou então, “não adianta trazer escada magirus que o incêndio é no porão”. Além do que, o Tube era um veterano calouro cantor dos programas de rádio e das mais diversas programações musicais da cidade. E essa história toda parecia que chegava ao fim naquela quarta-feira.
Era o prefeito de Antonina nesta época o Sr. Pereirinha, que havia nomeado o seu irmão Isac, secretário da saúde e diretor do hospital local. E quando no retorno do seu programa das 13h a primeira preocupação do Araponga foi de dizer que havia um mal entendido na notícia dada a respeito da morte do Tube. Não demorou muito para que o próprio Secretário da Saúde se pronunciasse por telefone através das ondas da Rádio Antoninense e desse as devidas explicações que requeria o caso Tube. Quando então esclareceu-se a situação. Segundo o secretário, um cidadão antoninense de nome Jobel havia sido internado no Hospital Angelina Caron no município de Campina Grande do Sul região da grande Curitiba e com o qual o hospital de Antonina mantém um convênio de assistência médica e este cidadão de nome Jobel entrou em óbito naquela madrugada lá no Hospital Angelina Caron. E acontece que naquela mesma madrugada, naquele último dia de carnaval dava entrada no Hospital Sílvio Bittencurt, o hospital local de Antonina, o cidadão Jobel, mais conhecido como Tube, hospitalizado para tratar-se de uma grande bebedeira por conta daquela última noite de carnaval e que após uma aplicação de glicose na veia permaneceu para observação por algum tempo e que ainda ali permanecia e que naquele momento, aliás, dormia profundamente num dos leitos do hospital.  
Por causa desta história nasceu a música Homônimo.

HOMÔNIMO
                                                        (RUI GRACIANO)
HOMÔNIMO,
É SINÔNIMO DE CONFUSÃO
QUEM TEM O SEU
SABERÁ ME DAR RAZÃO

ÀS VEZES NEM PRECISA SER PERFEITO
E CRIAM QUESTÕES DE DIREITO
CONFLITANDO O SIM E O NÃO

POR ISSO
É QUE DEVERIA SER INSTITUÍDO
O APELIDO
NO NOME OFICIAL DE CADA UM

DESSA MANEIRA EVITARIA
O QUE ACONTECEU
DO ARAPONGA MATAR
QUEM AINDA NÃO MORREU


JOBEL DE SOUZA
É O NOME DO FALECIDO
E O TUBE FOI CONFUNDIDO
COM UM HOMÔNIMO SEU

NOSSA TERRA SEM GLÁDIO
SE ENTRISTECE COM A NOTÍCIA DO ARAPONGA
QUE MATA O TUBE SEM DELONGA
NO MICROFONE DA RÁDIO

MAS PRA SURPRESA E ALEGRIA DA CIDADE
A NOTÍCIA É DESMENTIDA POR UMA AUTORIDADE

QUE TESTEMUNHA QUE ELE APENAS PASSOU MAL
E FOI CURAR-SE DA RESSACA
COM GLICOSE NO HOSPITAL

SE NÃO FOSSE O APELIDO
O TUBE TINHA MORRIDO
SE NÃO FOSSE O APELIDO
O TUBE TINHA MORRIDO


ESPERO QUE VCS GOSTEM!!!!!!BJS E ATÉ A PRÓXIMA.

Peça de teatro as Bufa

                                                                  A peça é sobre um casal de mendigos que com muita bizarrice (´prá mim ) vai fazendo comédia das agruras e da exclusão em que vivem numa sociedade tão alheia a essa classe. É uma peça que choca (acredito que seja a intenção do autor ) mas que me faz refletir sobre o fato!!!! 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Poema e texto para o dia das mães.

POEMA
Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino                                                      TEXTO
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade    Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã!
E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”.Arnaldo Jabor

FUNÇÃO SOCIAL DE UMA ESCOLA DE QUALIDADE.

Sociedade, escola e família.
Luciana de Oliveira Pereira Siqueira

A contribuição da comunidade na escola pode gerar confusão, seja por submetê-la a pressões de grupos em defesas de interesses específicos, ou seja, por torná-la palco de disputas de caráter partidário, clientelista ou ideológico. Uma das habilidades importantes para uma gestão democrática é de administrar conflitos e relacionarem-se com reverência as desigualdades, a maioria de idéias e conceitos pedagógicos, direito de decidir e a tolerância, em cada escola a gestão democrática declara com certeza a colaboração ativa do controle social da educação e ensino.
Algumas vezes as escolas esquecem que os pais e os alunos são sujeitos do processo educativo e que certamente, tem muitas sugestões para a melhoria dos processos vivenciados na escola. Incluir a sociedade e escola é tarefa complicada, pois atrai sensibilidade e valores diferenciados. Compete às equipes gestoras analisar e colocar em práticas estratégicas as pessoas a se envolver e participar na vida do educando/ filho na escola. Família e escola têm uma importância em comum: preparam para a sociedade seus futuros cidadãos. Esse fato tece laços profundos entre as duas instituições, favorecendo a troca de informações e ajuda mútua. A escola que reconhece isso abre suas portas para a comunidade, consegue dar um salto qualitativo em relação às outras. Em certos casos esse salto não se traduz apenas em melhoria das ações pedagógicas, mas às vezes também na própria garantia de sua exigência física. "A educação não é um elemento para a mudança social, e sim pelo contrário, é um elemento fundamental para a conservação e funcionamento do sistema social" (DURKHEIM, 1973:52).
De modo nenhum adianta o colégio labutar com uma sugestão de ensino se a família, em sua casa, fizer o oposto. Os pais devem informar-se mais da vida escolar dos filhos, contribuindo com o desenvolvimento e crescimento dos educandos . Compete às escolas designar ambientes e preceitos para conter os pais nos procedimentos educacional. Família e escola, trabalhando unidos, podem ter efeitos melhores, garantindo resultados surpreendente na educação.
  • A Importância da Família na Escola
Nos dias atuais, a família tem entregado para a escola o encargo de ensinar seus filhos e acredita que os mestres contagiem valores morais, regras e conduta, desde seus hábitos higiênicos até boas maneiras. Alegando que trabalham cada vez mais, e não tem tempo para zelar dos filhos. Além disso, esperam que instrua em direção ampla é função da escola.
O âmbito escolar assegura o resultado do procedimento educacional, precisa e muito do desempenho e colaboração da família, que precisa estar cuidadosa a todas as áreas no crescimento do estudante, sendo a escola responsável por abrir espaços para a participação das famílias na tomada de decisões administrativas e pedagógicas o que acaba favorecendo e facilitando a educação dos estudantes.
Por parte da escola o respeito pelos conhecimentos e valores que os tipos de preconceito e favorece a participação dos componentes da instituição familiar em diferentes oportunidades, estimulando o dialogo com os pais possibilitando-lhes, também, obter um ganho enquanto sujeitos interessados em evoluir e aperfeiçoar como seres humanos e cidadãos compromissados com a transformação da realidade. (SANTO, 2008:18).
Portanto, no momento em que escola e família alcançarem uma parceria na maneira como irão favorecer a educação de seus educandos filhos, muitas desordens hoje analisadas em sala de aula, serão aos poucos excedidas. Entretanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família realmente contribua com a vida escolar de seus filhos. Que a família tenha empenho, envolvimento com a escola, provocando assim, na criança/adolescente um sentimento de afeto, fazendo sentir-se protegido e valorizado como ser sentimental.
Partindo desse conceito que a família é o apoio para qualquer ser humano, não fazendo citação aqui somente à família com ligação de sangue, mas também as famílias formadas através de laços afetuosos. Defini-se família como um grupo de pessoas que se unem pelo anseio de estarem juntas, de constituírem algo e de se concluírem.
E é por meio dessas relações que os seres humanos tendem a tornarem-se mais carinhosos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da afetividade de maneira adequada. Mas para que essa adaptação ocorra é preciso que haja citação positivas responsáveis incumbidos de mostrar os limites necessários ao desenvolvimento de uma individualidade com balanceamento emocional e afetivo. Para as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras, gestos que irão proporcionar o desenvolvimento da analogia. Por isso, criança e jovens que estabeleçam dependência de harmonia nos seus momentos de família irá se sentir comprometido com a melhoria da qualidade escolar e como o
desenvolvimento de seu filho como ser humano.
Ao relatar sobre família e escola, nos atuais dias, temos que conduzir um grupo de determinantes da nossa realidade visível que, cada vez mais, exige os incrementos de outros olhares, capacidades e criatividades para nos catagolarmos com os demais integrantes da comunidade.
Como indivíduos em constante interação, precisamos focalizar com prudência nossos padrões de costumes e comportamentos para, mais consciência e criticidade, percebermos nossas ações como seres humanos que interagem num mundo a cada dia mais imprevisível, interdependente, desafiante, que não comporta visões unilaterais e preconceituosas, mas aprecia com vinculo visões alternativas, desenvolvimento sistêmico, relações intra e inter pessoais, obrigação de responder pelos seus próprios atos, direitos e valores humanos.
1.2 Famílias Escola e Suas Responsabilidades
Criar os filhos educá-los, prepará-los para atuar com uma carga e abono no conturbado mundo em que hoje vivemos é, uma ocupação tão incontestável e desafiadora tanto quanto prazerosa e gratificante. Analisar que o ser humano aprende a todo o momento, nas mais diversas vibrações que a vida lhe apresenta, a função da família é essencial, pois é ela que define, desde cedo, o quê seus filhos necessitam estudar, quais os estabelecimentos que devem freqüentar e o que é obrigatório saberem para aceitarem as decisões que os favoreçam no futuro.
Recomendar a escola adaptada às esperanças da ascendência e que, ao mesmo tempo, seja da bondade da criança, é uma empresa, cujo sucesso depende, em grande parte, da inteligência e agilidade dos pais ao avaliar diversas decisões. Estar atendo ao projeto educativo e ao perfil disciplinar da instituição auxilia a optar por aquela cujos valores e fundamentos mais se assemelhem aos da família em termos de exigência, posturas, visão de mundo. Conhecer as dependência e possibilidades da escola, seus diferencias, bem como os profissionais que estarão encarregados da educação de seu filho.
Na magnitude a coexistência e o relacionamento familiar são fatores básicos ao desenvolvimento singular, a admissão da criança no mundo coletivo, a mediação entre ela e o mundo, entre ela e o conhecimento, sua acomodação ao ambiente escolar, o relacionamento com os professores e funcionários da escola, a coexistência para o seu incremento igualitário.
Compreender o sujeito como parte de um preceito, ou todo aparelhado, com elementos que interagem entre si, influenciando cada parte e sendo por ela entusiasmado, traz uma claridade à abrangência acerca do desenvolvimento humano, cooperando para a cogitação sobre os argumentos familiar e escolar, que tanto podem ser elementos de continência, inclusão e segurança, como manancial de conflitos, com ênfase nas perdas que se podem apresentar no andamento.
Família e escola são alvos de encosto e sustento ao ser compassivo; é também marcos de identificador entre ambas. Mais positivo e expressivo serão as decorrências na formação do sujeito. A contribuição dos pais na educação formal dos filhos deve ser inabalável e consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. É importante que pais e professores, filhos/alunos compartilhem conhecimentos, alcancem e trabalhem os assuntos envolvidos no seu dia-a-dia sem cair no ajuizamento culpado ou inocente, mas buscando envolver as nuances de cada situação, uma vez que tudo o que se relaciona aos alunos tem a ver, sob algum ângulo, com a escola e vive-versa. "Cabe aos pais e a escola preciosa tarefa de transformar a criança imatura e inexperiente em cidadão madura, participativo, atuante, consciente de seus deveres e direitos, possibilidades e atribuições" (SANTO, 2008:14).
Como as demais instituições, família e escola, passam por modificações que redefinem sua estrutura, significado e desempenho na coletividade. A escola de hoje não é apenas um ambiente onde são ampliados conteúdos e desenvolturas; é, também, o panorama responsável pela concepção política, moral e estética de quem utiliza seus ofícios. É o espaço que recebe todos os caracteres de dificuldades sociais, que são imagem de nossa condição e condução política. Para que se realize um trabalho novo, há necessidade de mudanças significativas, só assim a escola terá sua contribuição na mudança de uma sociedade melhor e com ensino conceituado e de qualidade.
  • A Sociedade uma Parceria na Escola
A escola pode ser raciocinada como o meio da passagem entre a família e a sociedade. Neste afetuoso lugar, tanto a família quanto à comunidade lançam visão e cobranças à escola. No que se menciona à família, é indispensável dizer que a historia brasileira nos leva a um resultado que não existe um exemplo de família e sim uma grandeza de modelos familiares, com descrição em comum, mas também guardando singularidades.
É possível dizer que cada família há uma identificação própria, trata-se na verdade, como afirmam vários criadores, de um ajuntamento afetuoso em constante desenvolvimento, estabelecido com a finalidade básica de prover a estabilidade de seus integrantes e protegê-los. Permanecem atualizados dessa maneira, sentimentos pertinentes ao dia-a-dia de qualquer aglomeração como afeição, aborrecimento, ciúme, cobiça, entre outros. Em relação às esperanças da família com relação à escola com seus filhos descubro várias alegorias, familiares como o desejo de que o estabelecimento escolar eduque o filho naquilo que a família não se julga apropriado como, por exemplo, limite e sexualidade; que ele seja preparado para obter êxito profissional e financeiro, via de normas, entrarem em uma boa universidade.
Educação e democracia formam parte de uma totalidade, definem a democracia com palavras liberais, onde os indivíduos deveriam ter chances iguais. Em outras palavras, igualdade de oportunidades dentro de um universo de diferenças individuais. (DEWEY, 1971: 29)
Ainda bem demarcadas às desigualdades entre casa e escola, passou-se a buscar mais o base desta, entendendo-se a potência da ação normalizadora da escola sobre crianças e adolescentes quando respaldadas pela experiência e aceitação da família. A reverência disso reservava-se à escola, os direitos sobre a experiência científica acerca dos espaços disciplinares, como também sobre aqueles que diziam respeito aos artifícios de aprendizagem das crianças e adolescentes, conhecimentos estes confirmados pela biologia, psicologia e noções sociais reservando a escola, desta forma, seu lugar de comando no gerenciamento dos temas pedagógico- educativos.
Hoje vivemos outro tempo, bem mais complicado, diverso e inquietante do que há algumas décadas, a escola enfrenta, além do desafio frente ao domínio do conhecimento, em permanente mudança, também o desafio da relação com seus alunos, sejam eles crianças pequenas ou jovens.
Sem dúvida esse assunto é transcorrido por questões de diferentes espécies, entre as quais os dilemas da atuação curricular a serem propostos na atualidade, os impasses da escolha dos encaminhamentos metodológicos mais apropriados as relações de ensino, os limites e possibilidades da conservação de uma relação professor aluno com qualidade e a família é avaliada peça chave nesse período de anormalidade.
A parte lateral da família e a escola que continua sendo um espaço de desenvolvimento que deve, para tanto repensar a sua obra formadora, preocupando-se em formar seus educadores para que os mesmos ajuntem recursos que os aceitem lidar com os tumultos inerentes ao dia-a-dia escolar.
É, portando, na escola, que se pensa sobre o que pode ser ensinada às crianças sobre o método que pode tornar mais lógica a ação do conjunto docente, que o colégio poderá encontrar saídas legítimas à superação dos enigmas morais e éticos que assolam o seu dia-a-dia.
Nesse sentido, sem abandonar o lugar particular ao ensino formal, é preciso que os espaços designados à formação dos educadores no interior da escola dêem, também, precedência à concentração político-filosófica sobre os sentidos e possibilidades da ação educacional para que se possa, desta façanha recuperar ou formar uma nova opinião.
O educandário não é a exclusiva instância de formação de cidadania. Mas, o acréscimo das pessoas e da sociedade depende cada vez mais da qualidade e da uniformidade de chances educativas. Aperfeiçoar cidadãos na perspectiva aqui apresentada supõe instituições onde se possa resgatar a subjetividade inter-relacionada com a grandeza social do ser humano, em que a produção e diálogo do conhecimento ocorram através de práticas participativas e criadoras.
Trata-se de uma instituição da sociedade na qual a criança atua efetivamente como sujeito particular e social. É um lugar concreto e principal para a formação de significados e para o adestramento da cidadania: na medida em que aprove a aprendizagem de informação critica e criativa, colabora para formar cidadãos que operem na junta entre Estado e a comunidade civil.
CAPITULO II

Um novo caminho para educação com sucesso

O ensino passou por várias transformações, principalmente nas findas duas décadas, que aconteceram tanto nas leis como em sua disposição funcional, nessa acepção os educadores também modificam seu estilo e a forma de trabalhar.
O educador atual e do futuro adquiriu novas probabilidades, com isso esse dever deve ter a percepção de que o educador não se restringe ao próprio bem estar, além da extinguir sentença atrasadas de ensino, pois esse respeitado era como o dono da verdade, possuidor de toda informação que podia informar sobre todo e qualquer argumento caso fosse interrogado.
Um bom aspecto para a educação, o primeiro passo que um educador deve ampliar é o de criar manobras em equipe com a família dos educandos com finalidade de promover e defrontar as situações imprevistas que sobrevêm sucessivamente na escola, mais nomeadamente na sala de aula.
Ter relações com a família de um educando é reconhecer e incluir o próprio aluno, o convívio familiar brota na vida dos alunos de feitio otimista ou negativista, Se uma criança está envolvida todos os dias em um ambiente agressivo com certeza atuarão assim, o adverso acontece com uma criança que vive em um lar de muita tranqüilidade, carinho e educação, pois será assim que se portará na escola.
Estamos conscientes de que o grande desafio e compromisso pedagógico são de tornar realidade para os educandos uma escola prazerosa, democrática e competente, buscando construir a unidade na multiplicidade ao educar alunos distantes entre si, prevendo acesso aos mesmos conhecimentos e valores através da integração das múltiplas linguagens que educam e sintonizam todos com seu tempo, buscando a sua transformação (TORO, 1997: 15).
Com apoio nessa afirmação fica aberto que, se não existir o conhecimento afetuoso dos pais, o método educativo limitado à escola é escasso para uma educação perfeita.
Os pais podem exercer grandes influências no trabalho do educador por causa da grande ligação entre as pessoas da ascendência e os enigmas por ela, derivados que repercute na vida escolar das garotadas, assim o educador irá aceitar a realidade por meio dos pais e responsáveis, resultando numa sociedade de vitória.
Tornou-se forçoso fazer com que a escola seja parte componente do vindouro que por agora se configura, resignificando o seu papel, formando uma relação prazerosa entre a informação e o saber, aumentando a comunicação, o processo eficaz de construção do conhecimento.
2. 1 O Uso das Tecnologias no Processo Ensino Aprendizagem
O universo moderno apresenta alterações que danificam todos os campos da coletividade. Até mesmo a educação. Entendemos que a competência de uma coletividade cujo apoio tecnológico era analógico para uma vida digital. Essa desafiadora situação exige novas competências mentais, capacidades gerais de entendimento e maior capacidade de idealismo, num abreviado espaço de época.
Os indivíduos e as instituições devem adequar às estas novas circunstâncias, passando a rever, metodologias de ensinar e aprender, tantas vezes na escola como no serviço. A sociedade total, que nos é estabelecida, objetiva um agir e cogitar unificados. O conhecimento e a metodologia da transmissão originam invenções cada vez mais aprimoradas e presentes nas nossas vidas. Portar uma escola que vise gerar movimento na educação não poderia furtar-se à inclusão dessas tecnologias. Esta inclusão é Justificável pela sua forte presença no nosso cotidiano, tornando-se necessária a sua utilização pelas modificações significativas que traz ao ambiente escolar. Elas intervêm no nosso aprendizado, processos cognitivos, inquietações e inteligências do mundo, vindo dessa forma a dinamizar o ensino e solicitar a aprendizagem tanto dos alunos como dos educadores.
Numa comunidade em alteração, a internet, ao lado com as tecnologias de telecomunicação, tem contribuído para que o estudante aprenda a freqüentar com a desigualdade, portando, ela se descreve com um potencial para brotar modificações sociais revolucionária na educação e na sociedade.
Se presumirmos na Internet como uma tecnologia que permite o desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem baseado na construção de conhecimento, sua presença em situações de aprendizagem oportuniza aos sujeitos - aprendentes ter mais condições para desenvolver sua própria aprendizagem, pois esta tecnologia permite que eles se tornem participantes acionados na busca de informação, definindo, determinando suas necessidades de aprendizagem, descobrindo informações. Formar suas próprias bases de conhecimento e participar de suas descobertas.
Moran, afirma que: modelos de educação tradicional não nos servem mais, porém, a função primordial da escola continua sendo a mesma: o ensino, tendo a questão pedagógica na base de todos os esforços para a melhoria da sua qualidade. Porém, a escola precisa re-significar o seu papel estabelecendo uma relação prazerosa entre o conhecimento e o saber, transformando-se em um lugar de produção e não apenas apropriação de conhecimento e cultura. Deve procurar desenvolver a comunicação, a memória, o pensamento crítico e trabalhar no sentido de levar o educando a resolver situações-problema em todos os níveis: os que aparecem no trabalho escolar, os que pertencem ao gerenciamento de questões diárias e os sociais, os que encontramos na interação com as outras pessoas. E o trabalho com imagem, através do vídeo e do computador pode possibilitar a concretização dessas possibilidades. (MORAN, 2000:39).
Na sociedade pós-moderna, esta inovação social, as transformações estão acorrendo de forma ultra-rápida em todos os departamentos sociais. A freqüência das redes eletrônicas no processo de ensino e aprendizagem, este novo ambiente, nos faz pensar que a escola, forçosamente, está exigindo novos profissionais para a educação. A aparência vem se modificando porque a visão do universo está modificada e os nossos professores estão, hoje, contrariados desgostosos, preocupados, pela não compreensão das novas necessidades sociais e do processo educacional. Ou seja, a sociedade mudou e a escola precisa mudar e os professores precisam saber que ser educadores, nos dias atuais, define características diferentes daquelas de vinte ou trinta anos detrás.
Não podemos refletir, nos dias atuais, que nossos alunos são inferiormente espertos, responsáveis, mais imaturos ou menos organizados do que em outros tempos. O que temos de recomendar é que o padrão do mundo está se distorcendo ligeiramente e que as técnicas têm contribuído para isto. O educador deverá valorizar seu aluno consentir que o mesmo avance em sua marcha do aprender, onde ele edifique e recupere, elabore e reelabore sua experiência de acordo com sua agilidade e seu ritmo e, neste assunto, o uso das redes poderá ampliar e planejar o método de ensino e aprendizagem.
O educador através do uso das redes eletrônicas deve equilibrar os currículos e os métodos metodológicos com os modos de aprendizagem dos alunos, descobrindo um elo entre o processo cognitivo e emocional, bem como ressaltar os modos de vida dos educandos, buscando, especialmente nas considerações de flexibilidade e desigualdade, um caminho direto com o mundo. Isso nos guiará a um destaque maior na produção da experiência e não apenas na comunicação. O educador, usando as redes, poderá gerar e gerenciar uma grande abundância de noções e conhecimento, trabalhando na análise e na produção de novos conhecimentos. "O enfoque do professor estará centrado em ser aberto para aprender a cada momento, e não em ser correto" (BORGES, 1995:38).
Ao educador, competirá a trabalho de instruir seus educandos a tomarem corajosos neste mundo marcado pelas multiplicidades de conhecimentos. O certo ou errado numa época de tantas mudanças, intensas alterações, acaba sendo um assunto de visão de mundo, porém, estar, ser aberto para estudar a cada momento da vida, saber ver, analisar, elaborar perguntas, poder perceber que a sabedoria, cada vez mais, estará dependente a modificações.
Não podemos continuar produzindo uma educação onde as pessoas sejam incapaz de pensar e de construir seu conhecimento. Na nova escola, o conhecimento é produto de uma constante construção, das interações e de enriquecimentos mútuos de alunos e professores. (MORAES, 1997:36).
O educador não caminha à frente do aluno, mas lado a lado com ele, agenciar sua aprendizagem, fazendo intervenções segundo o seu estilo de raciocínio, contestando-o para desestabilizar as certezas inadequadas estimular a buscar informações em diferentes fontes ou quando for obrigatório fornecendo-lhes as informações solicitadas pela situação, ajudando-o a encontrar por si próprio a resposta para sua ação ou dificuldade.
2.2 Escola e Família uma Parceria de Sucesso
Escola e Família têm uma semelhança de ajuda na formação do ser humano. Dessa forma, pesquisa-se evidenciar a seriedade da parceria família x escola, pois se reside numa época em que a conturbação e a desintegração dos valores são os maiores impedimentos para o ser humano, a sociedade fundamenta-se no egocentrismo e o coletivo fica suprimido a uns poucos sobreviventes. As crianças e adolescentes introduzidos nesse contexto sofrem conseqüências de um mundo dominante. E sendo seres sociais por si mesmo, sofrem quando não alcançam desenvolver suas potencialidades. É neste prisma que a consistência Escola e Família se prevalecem para o pleno alargamento educacional.
Nos dias de hoje a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois, é através da influência dessas tarefas em conjunto, que tem como alvo o alargamento do bem estar e da aprendizagem do educando/filho, os quais colaborarão na formação total do mesmo. "O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores princípios muito próximos para o beneficio do filho/aluno" (TIBA, 1996:140).
A criança ao nascer vai depender do espaço onde está inserida, pois é por meio deste lar, que ela vai receber os ensinamentos principais e torná-la apta e habilitada a enfrentar os desafios do mundo adiantado. Deste modo a família continua a ser à base da formação do sujeito de um modo geral. Nunca se pode negar o seu valor de educadora, e, porém a sociedade decreta muito de cada ser, cobra muito a cada dia, mais informações para sobreviver no seu meio em que vive e, desta forma, é, a criança que já tem os seus saberes familiares, buscam ampliar seus conhecimentos através do Estabelecimento Escolar. O que é impossível de se esquecer é que a Escola é formada por todos; pais, educadores, gestores e alunos, onde cada integrante possuiu seus valores e suas autonomias.
Desde a mais branda idade, a criança se desenvolve inteiramente quando estimulada e impulsionada, buscando alternativas de ação, pois a conduta familiar e escolar propicia relações sociais e individuais. Dessa forma, ela terá maior chance de assimilar a realidade, seja através da liquidação de seus próprios combates, das compensações de necessidades aborrecidas ou de novas alternativas de investigações.
A família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. (GOKHALE, 1980:41).
Educar a cada criança na restrição superior de suas capacidades, adaptarem-lhe um espaço e os meios adaptados para a plena ampliação de sua personalidade. Desconfia a aquisição dos apegos, conhecimentos, habilidades e costumes de trabalho solicitados para que cada ser possa se servir no porvindouro de todas suas potencialidades e continue a estudar ao longo da vida. Em outras palavras, o núcleo da educação geral consiste em desenvolver as competências essenciais disposições pessoais, capacidades básicos, capacidades cognitivas e conhecimentos básicos que modifica a criança progressivamente num adulto capacitado para valer-se por si mesma e atuar de maneira reta em diversos domínios. Sua finalidade última, portando, é dar à criança pré-requisitos de aprender a aprender, dentro de um ambiente adequado para desenvolver sua individualidade adubar os valores que apontarão seu caráter.
2.3 Conceitos e Valores na Educação
Vale dizer que existem escolas que trabalham aparentemente na finalidade de multiplicação dos reconhecimentos e valores ideologias dominantes, outras tem uma posição mais crítica, mas todas assumem posições políticas, pois a escola dos conteúdos a serem ensinados, o estilo e o método deste ensino, suas regras, seu jeito de avaliar, de receber a família etc., traduzem os objetivos das criações, deixando claras as opções e diligencias de seus interesses mais especiais.
Seguindo um levantamento da narrativa da participação da família na educação, vimos que os interesses das famílias foram aceitos mais intensamente na escola brasileira, a partir dos anos de 60 e 70, através do movimento de renovação Pedagógica, que abriu um grande espaço para a entrada de um olhar mais psicológico no setor escolar, ampliando a atenção com cada criança, suas escolhas e anseios, seu tempo de aprender entre tantas vezes.
Enfrentamos, porém, conflitos decorrentes da situação vivida, pois passamos de um valor centrado no conteúdo e no educador, para um valor centrado na criança e em seu processo de estudar. A provocação das escolas hoje é sair dos extremos, catar, apreciar tanto a informação, como a concepção, tanto no professor como no aluno, tanto o processo como as experiências aglomeradas, resgatando a importância do grupo nas edificações de apreciação e apegos.
A entrada na escola significa para o adolescente uma fresta para a coexistência e para a coletividade. O tempo que vai dos três anos a primeira juventude é um tempo principal na vida do ser humano. Cada comunidade, cada cultura, cada estrutura social, política ou econômica, gera um tipo de escola e mantém um determinado conceito de ensinamento.
A escola pode significar abertura à curiosidade pelo mundo exterior, abertura à imaginação e à criatividade, mas também pode limitar-se a um espaço físico onde se aprisiona o aluno obrigando-o a acumular conhecimentos, pode ser fonte de alegria ou caminho para pesadelos, pode ser um paraíso de felicidade ou um inferno de sofrimentos. O educador, definitivamente, tem de instruir a viver; tem de preparar para a vida. Para fazer o trabalho educativo transmissor de valores vivenciados no método educativo, necessita entrarem em uma escola de cabeceira, que lhe autorize ampliar a competência dos educandos, encontrarem as suas potencialidades, ajudá-los a aceitar suas limitações e a ultrapassar os problemas.
Os educadores e mestres de hoje muitas vezes têm medo de impor valores. No entanto, os valores morais não são opiniões pessoais, essa é a lição que os educadores podem fornecer aos alunos, junto com o acordo da importância das decisões pessoais no campo da vida pública ou privada. Os preços são entendidos como realidade significativa, ou como aquilo que permite dar definição à experiência humana, tem influência na educação porque dão a possibilidade de que a filantropia desenvolva em perfeição.
Os valores têm, também, uma extensão intersubjetiva, ou seja, comunitária. Definitivamente, não são como os gostos ou emoções pessoais, que variam de pessoa para pessoa, mas possuem uma habilidade de coerência, de unir perspicácias e vontades; de ser, portando, manancial de visão do costume.
É o modo de agir do professor na sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos. O modo de agir do professor em sala de aula fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade. (ABREU & MASETTO, 1990:115).
O educador e o educando estão sujeito basicamente, do ambiente formado pelo educador, da afinidade empática com seus educandos, de sua competência de ouvir, pensar e debater no nível de entendimento dos alunos e da criação das pontes entre a sua experiência e a deles. Recomenda, também, que o professor, educador da era industrial com raras advertências, buscou educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo das crianças e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e consciente de seus encargos sociais.
CAPITULO lll

Os desafios de ensinar e educar com qualidade

Existe uma ansiedade com ensino de qualidade mais do que com educação de qualidade. Ensino e educação são reconhecimentos diferentes. No ensinamento organiza-se uma série de atividades didáticas para ajudar os educandos a abranger as áreas do conhecimento. No ensino o ponto para onde convergem, além de instruir, é ajudar a agregar ensino e vida, informação e ética, meditação e ação, a ter uma visão do contexto. Aperfeiçoar é ajudar a unificar todos os comprimentos da vida, a descobrir nossa abertura intelectiva, emocional, profissional, que nos realize e que coopere para transformar a sociedade que possuímos.
Ensinar é contribuir para que educadores e educandos nas escolas se organizem e modifiquem suas vidas em procedimentos estáveis de aprendizagem. É amparar os educando na construção da sua identificação, de seu andamento particular e profissional do seu projeto de vida, no desenvolvimento das agilidades de abrangência, sentimento e transmissão que lhes permitam encontrar seus ambientes pessoais, sociais e profissionais e tornarem-se cidadãos realizados e bem-sucedidos.
Aperfeiçoamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos - na família, na escola, no trabalho, no lazer etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e técnica; razão e sentimento. Instruir / aperfeiçoar é participar de um processo, em parte, previsível - o que esperamos de cada criança no fim de cada etapa - e, em parte, aleatório, imprevisível. A educação fundamental é feita pela vida, pela reelaboração mental-emocional das experiências pessoais, pela forma de viver, pelas atitudes básicas diante da vida e de nós também.
O cálculo do ensino mostra-nos se aprendemos alguns conteúdos e habilidades. Os resultados da educação aparecem em longo prazo. Quanto mais avançamos em idade, mais claramente mostramos até onde aprendemos de verdade, se evoluímos realmente, em que tipo de pessoas nos transformamos?
Doutrinar é um artifício social (inserido em cada cultura, com suas normas, tradições e leis), mas também é um processo intensamente pessoal: cada um de nós desenvolve um estilo, seu caminho, dentro do que está previsto para a maioria. A sociedade ensina. As criações aprendem e ensinam. Os mentores aprendem e ensinam. Sua personalidade e sua competência ajudam mais ou menos. Ensinar depende ainda de o aluno querer aprender e estar apto a aprender em determinado nível (depende da maturidade, da motivação e da capacidade assumidas).
Diz-se muito do ensino de qualidade. Muitas escolas e universidades são colocadas na base, como modelos de qualidade. Na verdade, em geral, não temos ensino de qualidade. Apresentamos alguns cursos, faculdades universidades com áreas de relativa nobreza. Mas o conjunto das criações de ensino está muito distante do conceito de qualidade.
A instrução de classe envolve varias preparos: uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerente, aberto, participativo; com infra-estrutura adequada, atualizada, confortável; tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. Algum preparo que agrupe educador bem preparado intelectual, emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais, e onde haja situações favoráveis a uma relação ativa com os alunos que promova conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
A Escola é lugar de compartilhamento de valores e de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivos, éticos, estéticos. Mas é também lugar de formação de competências para a participação na vida social, econômica e cultural. (LIBÃ,NEO, 2004:32).
 
Nossa provocação maior é andar para um estudo e uma formação refinada, que integre todas as dimensões do ser afetuoso. Para isso, precisamos de pessoas que façam essa integração, em si mesmas no que dizer respeito dos aspectos sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que anunciem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo o mundanismo.
3.1 Educações com Direito
A partir do Temperamento Federal de 1988, o ensino passa ser um direito da criança assegurado legitimamente. Até os seis anos de vida, a presença às creches e pré-escolar é uma alternativa dos pais, pertencente ao Estado o dever de abonar vagas nestes lugares. No Ensino básico por volta dos sete anos de idade, a educação torna-se necessária.
Por isso a Educação é prioridade, obriga aos pais a se atualizarem, lendo
tudo o que possa torná-los educadores mais competentes (...) para atualizar os princípios e práticas educativas hoje para a formação das diferentes personalidades de seus filhos, alunos, jovens em geral. (TIBA, 2008:10).
O Estado não pode abandonar de atender a ação por ambiente de toda
a comunidade infantil que nele ingressa e nem os pais podem deixar os filhos sem conviver a escola, estando ambos os sujeitos à punição legitimo.
Isto constitui o reconhecimento da criança e do adolescente como cidadãos que devem ter os seus direitos garantidos, não só pela família, como também pela sociedade e pelo Estado. Apontar regulamentar esses benefícios fundamentais é criado, de lado a lado da Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1.990.
O Estatuto da Criança e do adolescente ECA que parte do pressuposto de que a criança e o adolescente são pessoas, independentes de sua condição igualitária, concepção. Que o desiguala basicamente das legislações precedentes voltadas somente para o atendimento à infância pobre, daqueles analisados em estado de risco (Instruções de Menores de (1927) ou em situação irregular (Código de Menores de 1979).
A Composição de 1988 ainda traz uma importante inovação: o direito da criança de 0 a 6 anos de vida à educação em educandários e pré-escolas. O artigo constitucional nº 208, ressalta que o dever do Estado com a educação será concretizado mediante abonação, TV acolhimento em educandário e pré- escola às crianças de zero a seis anos de vida.
A definição legal direciona para a superação de o caráter auxiliar, até aqui dominante, e passa a impor uma atuação constante do sistema educativo nas suas diferentes veemências: federal, estadual e municipal. Este direito vem citado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Para Lei a caracterização entre creches e pré- escola torna-se apenas a faixa etária da criança, e a avaliação da criança nesses ambientes não tem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Básico.
No nosso país, a permissão em ampla escala ao ensino se intensificou nos anos 1990, com a introdução de mais de 90% das crianças em tempo escolar no sistema. Para as ascendências antes brotadas do direito à Educação, o fato de ter vagas, merenda e uniforme, atuou uma grande conquista. Muitos pais vêem a escola como um auxilio e não um direito e confundem qualidade com a probabilidade de uso da infra-estrutura e dos aparelhamentos comuns.
A escola foi nascida para ajudar à sociedade. Por isso, ela tem a compromisso de apresentar contas das suas tarefas, explicar o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças e criar mecanismos para que a família siga a vida escolar dos filhos. Os professores precisam deixar de lado o medo de perder a comando e aprender a trabalhar de maneira colaborativa.

O QUE É ENSINAR E APRENDER?

Neste texto abordam-se alguns aspectos teóricos que fundamentam uma concepção de desenvolvimento humano, de forma clara e concisa. Os autores estabelecem também, a relação desta concepção com a aprendizagem, seus principais teóricos e suas implicações na prática escolar.

O desenvolvimento do Homem faz-se a partir das interações sociais. É nas nossas relações com o outro que nos desenvolvemos (objetos, meio ambiente, mas especialmente outras pessoas: pais, irmãos, professores).

Isto traz importantes conseqüências para a escola. Se a criança é capaz de aprender sozinha com sua própria experiência, ela aprende mais e melhor com os outros. Na escola isto quer dizer: com seu professor e com seus colegas.

O conhecimento sobre a aprendizagem - suas condições, seu papel no desenvolvimento - ajuda o professor a ensinar melhor.

Saber sobre a vida escolar do aluno, conhecer suas competências, suas referências socioculturais e paixões torna-se imprescindível para que o professor tenha sucesso na tarefa de levar o aluno a aprender. Quem ensina aprende ao ensinar
e quem aprende ensina ao aprender
.”
Paulo Freire

A Psicopedagogia colabora ao refletir sobre nossas ações como ensinantes do presente, ocupados com as complexas tarefas de educar neste século XXI repleto de dilemas, tensões, desafios, perspectivas. Aqui estamos objetivados às discussões sobre os lugares e os sujeitos do aprender hoje, onde a partir do par dialógico ensinante-aprendente, iremos refletir acerca da necessária revisão paradigmática em nossos espaços e tempos educacionais.
A partir de diferentes estudos sobre aprendizagem e cognição, a meta maior é partilhar ideais, ideias e utopias que reverberem em nossas cotidianidades, independente do lócus formal onde estamos interagindo em prol da melhoria educacional e acreditando que a emancipação humana só pode ocorrer com a aprendizagem.
Aqui temos trabalhados: 1) os conceitos ensinante e aprendente, validando o fato de nossa Psicopedagogia Brasileira estar, em sua continuada trajetória, contribuindo para as questões relativas ao aprender em nosso tempo; 2) a temática autoria de pensamento como sendo a mola mestra para fazer com que nossas reflexões motivem para a alegria da aprendizagem; 3) algumas proposições ao enfretamento dos grandes desafios do trabalho docente no século XXI.
Com isso, tecemos algumas ideias e estímulos ao nosso seguir em frente, na busca de alternativas à construção de uma educação que qualifique a subjetividade humana, que aceite as diferenças e trabalhe de modo onde todos possam estar incluídos na magia do aprender, na magia do ensinar.

II – Textos e Contextos: ler e escrever aspectos da realidade educativa.

“(...) aprender é o risco
da mistura com a diferença
”.
Neusa Kern Hickel

As transformações ocorridas no mundo, nas práticas pedagógicas e nas relações sociais nos impulsionam a pensar sobre nossas continuadas formações e atuações como profissionais de Educação e Saúde. Hoje, percebendo o que norteia nossas vidas, somos desafiados a busca de novos saberes, novos conhecimentos a fim de compreender as múltiplas relações presentes nas dinâmicas relacionais da aprendizagem.
A Psicopedagogia, numa compreensão deste movimento, busca análises - com os maiores detalhes possíveis-, sobre as diferentes maneiras que, como humanos, todos nos tomamos contato com a aprendizagem. Enquanto campo de atuação, a Psicopedagogia ocupa-se de investigar o aprender e o não-aprender, o aprender e suas dificuldades, a não-revelação do que de fato se aprendeu, a fuga das possíveis situações de conhecimento e a ausência do desejo de aprender.
Com tudo isso, busca nesta tarefa explicitar quais são as reais possibilidades de aprendizagem do sujeito e procura elaborar identificações sobre suas dificuldades, enfatizando as competências que já possui para, a partir daí, intervir.
Pela sua importância no momento presente do mundo, que cada vez está mais focado no desenvolvimento da aprendizagem humana, a Psicopedagogia se propõe a olhar com clareza as relações acima referidas, em momentos e movimentos que conduzam ao envolvimento de todos os que estão agindo e atuando nos cenários do aprender e do ensinar, ou seja, os aprendentes, os ensinantes, os pais, enfim. Refletindo e agindo, estamos sempre em busca do tornar cada vez mais claros os aspectos obscuros presentes na dinâmica do aprender e do ensinar.
Será na vivência dos casos de não-aprendizagem que poderemos socializar experiências, possibilitar espaços de interação, de olhar e de escutas, observando relatos, comprovando a importância das intervenções psicossocioeducativas nas supostas incapacidades para a aprendizagem, avançando nos aspectos da afetividade e da cognição.
O trabalho psicopedagógico na escola pode ampliar competências para:

 A introdução de novos posicionamentos e modos de olhar;
 A assunção de posturas e conhecimentos básicos que devem estar presentes na práxis pedagógica;
 A reorganização dos modos de produção e construção de conhecimentos.
Com isso, tanto numa perspectiva terapêutica quanto preventiva, a Psicopedagogia busca o despertar do sujeito para a magia do aprender incentivando a autoria de pensamento, modo que acreditamos favorecer as necessárias tomadas de decisão para irmos além das margens do saber, rumo à autonomia.

Nosso desafio, hoje, é perceber as inúmeras mudanças ocorridas no mundo e suas interferências na prática cotidiana da escola, além das influências, obviamente, das complexidades presentes na vida social. Podemos, com o apoio da Psicopedagogia, olhar para as relações presentes na aprendizagem sob novas luzes, ampliando perspectivas e inteirando-se das nossas diferentes dimensões humanas.
Na busca pelo predomínio de nossas pulsões de vida, somos sempre convidados a partilhar reflexões a respeito da Educação, do Aprender e do Ensinar no mundo em que vivemos, pleno de questionamentos a respeito das maneiras como orientamos nossos alunos/educandos/aprendentes, num tempo social repleto de rápidas mudanças e influenciado pela cultura do sucesso, da competitividade e, com isso, amplo em suas exigências e conteúdos. Acreditamos que o saber, o ensinar, o aprender e o conhecer nunca estiveram tão em voga como nos tempos atuais.
De um modo bem amplo, o que se espera de nós? Ou, reformulando a pergunta: quais são os objetivos educacionais a serem perseguidos pela escola?

 Autonomia e autoria, pré-requisitos essenciais para a vida social;
 Posicionamento crítico mediante a realidade;
 Capacidade de tomada de decisão;
 Iniciativa frente ao imprevisto e ao improvável;
 Capacidade de síntese e análise contextualizadas.

Assim, novas habilidades e competências nos são necessárias para nossa adaptação e fluidez neste mundo de complexas e permanentes mudanças, mas não se pode viver isso de modo apressado, desrespeitando as fases e os ciclos de desenvolvimento de cada sujeito aprendente. O que muitas vezes observamos é aprendentes segmentados e divididos, com seus ensinantes (pais e professores) confusos no que se refere aos seus papéis e funções. Alternativa? Juntos refletirmos sobre nossos afetos, pilares e amorosidade, no ensinar aprendendo.

III – Por entre afetos, pilares e amorosidade: ensinar aprendendo.

“(...) não se pode aprender se não
reconhecemos algo de nosso saber.
Tampouco podemos aprender se
não damos espaço ao não-saber
.”
Alicia Fernández

A existência de um novo alvorecer para a educação de nosso tempo nos conduz para a imensa necessidade de um olhar mais humanístico sobre o Ser e o Mundo, em suas complexidades e relações. Urge posicionamentos novos, de cada um de nós, mediante tal questão. Compreendermos o outro como legitimo outro, olhado e sentipensado em sua integralidade e em formação permanente e consciente, capacitando-se para o momento social, cultural e histórico que vivenciamos na contemporaneidade.
Desafiados somos a criar novos modos de ser e estar na família e nas instituições, sabendo que nossos investimentos de energias, tempos e recursos devem ir além dos fragmentos independentes que, em muitos momentos, acabamos por assim sentir: sem autonomia, perdidos diante tantas solicitações e orientações, oriundas de um excesso de informação disponibilizada e de uma escassez de coerência entre os diferentes campos do saber humano.
Ocupados, cada vez mais ocupados, ficamos sem o necessário tempo para melhor discernimento e opinião reflexiva: nossa formação acelerada, rápida, em muitos momentos, não faz com que seja elaborado o necessário vínculo ao nosso desenvolvimento como aprendentes.
Mediante o exposto, devemos nos questionar:

 Quem somos nós?
 Em que acreditamos?
 Quem nos forma/deforma?
 Quem (e como) formamos/deformamos?
 Em prol de que projeto de vida atuamos?
 Que visão de mundo apostamos nosso futuro?
 Situados em que premissas estão os nossos afetos?
 Sobre que pilares se constrói, hoje, a estrutura interna de cada sujeito?

Sabemos, enquanto formadores, que o sujeito aprendente se constitui como tal nas suas múltiplas relações com o entorno social e cultural onde está inserido, num contexto que conecta a história de seu desenvolvimento como ser de linguagem, portanto, como ser pensante. Este desenvolvimento, sempre vale a pena recordar, é infinito e ocorre como processo vital, de modo subjetivo e intersubjetivo, nas dinâmicas de nossas existências e interações com a sociedade e a cultura.
Assim, somos susceptíveis às distintas interferências presentes em nosso meio social de inserção, num movimento permanente onde, ao intercambiar, aprendemos com alguém que aprende e alguém que ensina, na dinâmica existente entre posicionamentos aprendentes e ensinantes.
Os ensinantes são muitos em nossas histórias de vida: aprendemos com nossos pais e avós, com nossos primos e tios, com nossos amigos, com os nossos professores. Aprendemos todo o tempo, e o tempo todo, em nossas interações circulares no mundo de nossas convivências, em nossas relações com o outro. A aprendizagem está, indubitavelmente, vinculada ao conhecimento. Sara Pain nos alertou que “todo conhecimento é conhecimento do outro” (3), pois o aprender conecta-se com o conhecimento e, para conhecer, é vital a relação com o outro. O outro, posicionado como ensinante e estabelecendo relações vinculares para que seja possível a aproximação (ou até mesmo a apropriação) do conhecimento disponibilizado neste processo.
De acordo com nossos estudos e pesquisas, compreendemos que entre quem ensina e quem aprende se constrói um mundo de diferentes possibilidades onde é possível haver a presença do prazer de estar aprendendo, através do nascimento de um vínculo onde o sujeito aprendente se conecta, mostra os seus conhecimentos, suas vivências anteriores, seus conteúdos e, com isso, elabora sua própria autorização para o encontro com o outro e, com isso, incorporar seus ensinamentos.
O sujeito aprendente, com os seus conhecimentos resultantes de suas anteriores vivências, se permite ao acessar informações novas, transformando-as e incorporando-as ao seu repertório interno. Cabe-nos, então, validar o conhecimento prévio de cada sujeito aprendente com os quais vivenciamos e, com isso, seguir ensinando e aprendendo, aprendendo e ensinando ao caminhar junto pois
“(...) ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, sem aprender a refazer, a retocar o sonho por causa do qual a gente se pôs a caminhar”. (4)
Se assim compreendemos, ensinar e aprender são processos que caminham juntos, em dialética interação e ao estarmos nos posicionando e nos compromissando como ensinantes do presente, devemos nos remeter ao papel essencial de mostrar possibilidades, facilitar a abertura de novos caminhos, sendo cada um de nós “um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos.” (5). No manuseio das informações, na transmissão de conhecimentos e na partilha da sabedoria, ensinantes e aprendentes se constituem autores de suas histórias de vida, onde será o desejo o promotor da autorização ao uso de possibilidades distintas, de instrumentais diferenciados para que o conhecimento se construa e a vida siga seu curso.
Todos nós, ensinantes do presente, podemos ser:

 Sensíveis ao outro;
 Instigadores ao desejo de aprender,
 Promotores e protetores da necessária autonomia do sujeito aprendente;
 Arautos da liberdade, como essência da responsabilidade ética e cidadã;
 Pesquisadores de nossas próprias práticas, percebendo nossos espaços e tempos de atuação como lócus privilegiado para tal;
 Propiciadores da alegria da aprendizagem, da descoberta e da autoria de pensamento.

Assim, seguiremos a máxima de que ensinar é acreditar e que o aprender verdadeiro se dá:

 No ensinar é aprender,
 No ensinar é compartilhar utopias,
 No ensinar numa perspectiva humanística,
 No ensinar como um projeto de vida.

Enquanto ensinantes do tempo presente nossos maiores desafios estão na árdua tarefa de ensinar a pensar sobre o próprio pensar, alçando voos para a metacognicão. Para tanto, necessitamos, cada vez mais, de ampliarmos nossas habilidades como comunicadores, como pesquisadores de nossas próprias práticas, elaborando nossos próprios raciocínios, nossas sínteses e teorias, buscando em nós mesmos a autonomia e a competência necessária ao nosso fazer.
Fundamentando nossas ações deste modo, alguns procedimentos podem nos favorecer para um novo olhar em relação à práxis educativa que, a nosso ver, sempre é uma prática psicopedagógica, pois nela está presente à dialógica relação entre quem aprende e quem ensina. Eis uma proposição:

 Fazer uso do lúdico e dos jogos como princípios de construção de conhecimentos, de saberes;
 Estabelecer relações entre o vivido como experiência pelos nossos aprendentes e os múltiplos conteúdos formais presentes em nossas matrizes curriculares;
 Incluir, neste processo, a complexidade dos conteúdos de nossos contextos sociais;
 Propor relações dialógicas nos espaços e tempos do aprender e do ensinar, favorecendo uma Pedagogia da Amorosidade e da Pergunta (aprendemos porque amamos e perguntamos).

Com isso, será possível nos envolver em processos educativos que nos conduzam para outros resultados e compromissos, outras perspectivas para nossas práticas, onde nelas esteja presente a alegria da co-responsabilidade pelo aprender e ensinar, a possibilidade real da auto-aprendizagem.

IV: Como provisória conclusão: seguir acreditando na Educação.

“(...) só ensina quem se deixa ensinar...”
Regina Orgler Sordi

Seguir acreditando no poder transformador da Educação, como promotora de nossos avanços como sujeitos históricos e inseridos no complexo de nosso tempo é árdua tarefa a ser vivenciada com alegria e amorosidade.
Presenciamos inúmeras mudanças e desafios e o momento atual nos presenteia com uma grande demanda por Educação, por Conhecimento, por Sabedoria. Nossas intervenções sociais e institucionais são desafiados a movimentarem neste sentido e, não nos resta dúvida, da importância desta tarefa, deste trabalho. Com nossos tantos materiais, idéias e ideais, necessário se torna colocar, cada vez com mais intensidade do viver, a mão na massa para, com a prática reformulada, pensada e vivenciada com inteireza, novos projetos e novos estudos possibilitem o arejar de nossos corpos, cérebros, mentes e espíritos.
Na busca por novas histórias e conquistas, a ousadia em fazer de nosso caminhar um movimento de autoria cria novas cosmovisões e crescimentos, exercita nosso desejo de uma cidadania planetária, ensina a cada um de nós as potencialidades de uso de nossas capacidades de visão crítica, entendendo (ou tentando entender) nossa presença e a presença dos outros no mundo. Sermos autores de nossas próprias histórias, cultivando no jardim de nossas vidas sentimentos e valores de solidariedade, amorosidade e justiça, acima de tudo, nos conduz a seguirmos acreditando na Educação e no poder presente no ato humano de aprender e ensinar: cada um traz em si a luz para saber qual é o seu projeto de vida. Nosso desafio está em ver a LUZ.

                    

quarta-feira, 25 de abril de 2012

FESTA DE DESPEDIDA DA PROFESSORA BEATRIZ.

eta turma festeira!!!!!
LEODILANE,CLAUDIANE,PATRICIA,BEATRIZ,MARIVETE,ADRIELE,DEVANIRA,GIOVANA,SORAYA,CRISTIANE E ´MÍRIAM.
DEVANIRA,ADRIANA,ROSANA,CRISTIANE,ROSIANE E CLAUDIANE.
NOSSA QUERIDA PROFESSORA E O PRESENTE DADO PELA TURMA PARA QUE ELA LEMBRE DE NÓS.

DELÍCIAS........
BEATRIZ E LORENA.
JUCIELY E BEATRIZ.
BEATRIZ E JUCIARA.
BEATRIZ E SORAYA.
MIRIAM,SHIRLEI E ROSIANE.BJS E ATÉ A PRÓXIMA .....FESTA!!!!!!

SEXO E SEXUALIDADE- PALESTRA

MUITO INTERESANTE E ESCLARECEDORA ,POIS NOS MOSTROU O QUANTO É NESSECÁRIO E IMPORTANTE A ORIENTAÇÃO FAMILIAR E PROFISSIONAL,  SEMPRE. A família é a base de tudo e nosso  desafio como professores é enorme: ao mesmo tempo em que devemos preservar a intimidade das crianças e não culpabilizá-las por manifestações de sexualidade, somos responsáveis por um processo educativo que aborde valores, diferenças individuais e grupais, de costumes e de crenças. Isso é fundamental tanto na infância como na adolescência .
A FAMÍLIA deve ser a primeira a abordar sobre SEXO e SEXUALIDADE pois quem ama ESCLARECE!!!!!!!!!
                                          

RECADO PARA AS MENINAS DO CURSO.

MENINAS,A PATY AVISOU QUE APROVA DA DANY , FOI TRANSFERIDA PARA QUARTA-FEIRA E QUE NINGUÉM PODERÁ FALTAR. BJS E ATÉ SEXTA NO TEATRO !!!!! ENTENDERAM???? QUE BOM.

terça-feira, 24 de abril de 2012

PARA A PROFESSORA BEATRIZ.


Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!
Vinícius de Moraes       COM CARINHO DAS ALUNAS DO CURSO . ATÉ BREVE BEATRIZ 

CAMINHADA AO PARQUE ESTADUAL DO PAU OCO.