quarta-feira, 22 de junho de 2011

Conto dos Apelidos de Antonina.

  
Antonina é um estado de espírito,é estar de bem com a vida, com a natureza,com a arte, com a música,com o universo. Por conta disso, desse encantamento que a cidade e a sua gente possuem é que Rui Graciano tem algumas de suas obras inspiradas em Antonina,linda cidade litorânea do Paraná. Nascido numa família de musicos,Rui desde pequeno viu-se envolvido no meio musical,filho do casal de artista NHÔ BELARMINO (Salvador Graciano) e NHÁ GABRIELA (Julia Alves Graciano),reconhecidos como a maior expressão da música regional do Paraná ,autores da música Mocinhas da Cidade grande sucesso        dentro e fora do Brasil e que por mais de 44 anos estruturaram esta carreira pautada de sucessos e vitórias.
     Rui ainda menino, recebe do pai, multi-instrumentista, as primeiras lições da teoria musical. Em casa sempre rodeado de vários instrumentos, mas escolheu o violão como companheiro na jornada musical.
     Em 1983, seus pais ,constroem uma casa no centro histórico de Antonina,(onde o Rui reside até hoje) e ele passa a visitar Antonina com mais freqüência, conhece uma antoninense de coração (Soraya) e após seis meses de namoro e noivado resolveu se casar num sábado de um ano bissexto! Foram morar em Curitiba, depois de dez anos voltaram com quatro filhos na bagagem (Lucas, Rafael, Gabriel e Ravel).Começa a
fazer dupla com a Soraya e o Rui passa a conviver mais com os antoninenses e começa a perceber como as pessoas eram rápidas em apelidar os outros e que esses apelidos eram criativos, inteligentes e artísticos.
      Não deu outra, ele compôs a Moda dos Apelidos, música que lhe trouxe e traz muita satisfação. O Rui é um hitoriador-poeta-cantante, pois ele preserva a história de um povo com sua poesia musicada. Conheça um pouco da sua obra.


                                          MODA DOS APELIDOS

Autor: Rui Graciano
    
Se você veio passear em Antonina
Deu uma volte na praça
E parou pelas esquinas
Em rua estreita admirou as ruínas
E ficou impressionado
Com a beleza das meninas
Eu te garanto e disso eu não duvido
Que você já é mais um
Que ganhou um apelido

Tem o Lauro Sapo, também o Johnny Saci
Tem o Nenê Rolinha que nem mora mais aqui
Tem o Paulinho Sabiá e a Família Siri
Tem o Joel Motor de Popa, o João Bang, os
Carambolas
Tem o Forma de Diabo e o Marquinho Pé-de-mola

Tem o Sandro  Baronesa, o Pimenta e o Bambu
O Moamba e a Nenega, o Totoca e o Tatu
O Araponga e o Chorão que Vive Só
Tem o Tube, o Lobisomem e o Eduardo Bó

Tem o João  Barbeiro e o seu filho Nélio Porco
A Família Boca-larga e a Família Maravilha
Zé da Malaria e o Pedro Perereca
O Badejo, o Carangueijo e o Tenente Careca

Tem o Peito de Pombo, tem o Cara de Relógio
Tem a Denise Gata, o Guaxica e o Sagüi
Pois Apelido é coisa que não se disfarça
Veja o tamanho da perna de toda Família Garça

Tem o Alceu Macaco e o Alceu Cachorrinho
O Camelo, o Hélio Corvo, o Canário e o Paulinho
Que é o mesmo Paulo Perneta pois aqui
ninguém escapa
Nem o Didi Cara-preta e o Tico Boca-de-caçapa

E aqueles que já partiram
Mas fizeram sua história
Nós guardamos na memória
E vale a pena recordar

De Bento Cego, “Agnaldo o profeta”
Do seu Nenê-Chaminé
Que alegrava os carnavais

Se por acaso houver no céu uma janela
Dona Mariquinha Bó, ta nos cuidando através dela
Se por acaso houver festa dentro dela
Com certeza estão cantando
Belarmino e Gabriela.

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