sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Óleos essenciais.

Um óleo de ervas infundido (também conhecido como óleo macerado) é um óleo carreador incutido com propriedades de ervas ou flores. Ao deixá-las infundir em um óleo por um determinado período de tempo, é possível extrair muitas das propriedades poderosas e curativas da planta em uma forma utilizável. É bastante suave e pode ser usado em bebês, crianças, idosos e pessoas de pele muito sensível.


Óleo macerado não é óleo essencial. Há alguns vídeos disponíveis na rede que ensinam a fazer óleo essencial (!), quando na verdade estão ensinando a fazer o óleo macerado. A diferença é que o óleo essencial  é uma mistura de substâncias voláteis extraídas diretamente de folhas, raízes, pétalas, caule, cascas de plantas através de diversos processos de destilação (principalmente à vapor) e são extremamente concentrados. O óleo macerado é feito a partir da infusão de ervas e /ou flores em um óleo vegetal (também conhecido como carreador) e podem ser facilmente produzidos em casa. Os óleos vegetais utilizados na infusão, são gorduras extraídas principalmente das sementes de plantas e frutas, possui consistência mais espessa que os óleos essenciais, não são voláteis e contam com alto poder de hidratação e nutrição.

Muitas ervas são adequadas para infusão, tanto aquelas com níveis elevados de óleos voláteis, quanto aquelas com componentes solúveis em gordura. Ervas como alecrim, lavanda, hortelã-pimenta, tanchagem, calêndula e confrei são excelentes para fazer óleos macerados.


Como fazer

A ideia básica é de que a planta seja imersa em um carreador de boa qualidade, tais como óleo de amêndoa, óleo de girassol, de jojoba, azeite, entre outros. Em seguida, a mistura deve ser deixada para aquecer naturalmente ao sol durante um período de 4 a 8 semanas ou, se preferir, pode aquecê-la em banho-maria por cerca de 2 horas. Este processo faz com que o óleo absorva as propriedades das plantas. Após este processo, deve-se filtrar o óleo para retirar os resíduos das plantas.




Estes óleos macerados podem ser utilizados em massagensbanhos e para fazer formulações para a pelebálsamos, pomadas, cremes, tratamentos para os cabelos, sabonetes etc. Há inúmeras opções de ervas, flores e óleos para escolher. Sinta-se livre para fazer suas experiências!

O uso de ervas secas garante maior vida útil ao óleo macerado. 
O uso de ervas frescas podem introduzir a umidade ao óleo, o que diminui sua vida útil. Portanto, se optar pelo uso de ervas frescas, certifique-se de que elas não estejam molhadas antes de acrescentá-las ao óleo.

Existem 3 receitas básicas de produzir um óleo macerado : método de infusão a frio, método de infusão ao sol e método de infusão a quente . Veja a seguir os detalhes de cada método. 


Método de infusão a frio

1) Limpe e esterilize um recipiente de vidro (que deve estar completamente seco).

2) Escolha as ervas / flores de sua preferência (50 g de ervas secas ou 100 g de ervas frescas)

3) Escolha o óleo carreador de sua preferência. Coloque as ervas no vidro e despeje o óleo sobre elas, garantindo que fiquem completamente cobertas. Encha o frasco quase até a borda, deixando a menor quantidade de ar possível no recipiente (para evitar a oxidação).

4) Com cuidado, passe uma espátula em torno do frasco e em suas bordas,  para libertar quaisquer bolhas de ar.

5) Tampe e deixe em infusão por 8-10 semanas.

6) Passado esse período, coe o conteúdo, rotule o frasco com o nome da erva e a data de produção e  mantenha-o armazenado em local seco e fresco, longe da luz solar direta.




Método de infusão ao sol

Este é o método tradicional de infundir os óleos. O calor do sol vai aquecer delicadamente os óleos e auxiliar no processo de infusão.

1) Limpe e esterilize um recipiente de vidro (que deve estar completamente seco).

2) Escolha as ervas / flores de sua preferência (50 g de ervas secas ou 100g de ervas frescas)

3) Escolha o óleo carreador de sua preferência. Coloque as ervas no vidro e despeje o óleo sobre elas, garantindo que fiquem completamente cobertas. Encha o frasco quase até a borda, deixando a menor quantidade de ar possível no recipiente (para evitar a oxidação).

4) Com cuidado, passe uma espátula em torno do frasco e em suas bordas,  para libertar quaisquer bolhas de ar.

5) Tampe e deixe em infusão por 4 a 8 semanas em um balcão ou janela ensolarada e quente. Algumas pessoas optam por colocar o frasco em um saco de papel de modo a não danificar o óleo.

6) Passado esse período, coe o conteúdo, rotule o frasco com o nome da erva e a data de produção e  mantenha-o armazenado em local seco e fresco, longe da luz solar direta.


Método de infusão a quente

Esta é uma maneira muito mais rápida para infundir óleos - bom para os impacientes!

O ponto mais importante a lembrar ao criar óleos de ervas desta forma é  manter o calor o mais baixo possível, porque você não quer para 'cozinhar' as ervas. Tudo que você precisa fazer é colocar as ervas em fogo baixo ou banho-maria, cobrir com o óleo de sua escolha e aquecer suavemente as ervas sobre o fogo baixo por 2 a 6 horas. Desligue o fogo e deixe esfriar. Coe as ervas e seu óleo macerado já estará pronto para o uso.




Uma vez que os óleos são infundidos eles provavelmente terão nova cor e cheiro. 
Os óleos macerados chegam a durar cerca de um ano, se armazenados adequadamente em local escuro e fresco. Alguns óleos são mais vulneráveis ao ranço do que outros. Há quem prefira adicionar o conteúdo de uma cápsula de vitamina E, para aumentar a vida útil do óleo.


Macerado de lavanda em óleo de coco (para pele e cabelos)

Esta é uma bela receita de um óleo macerado de coco e lavanda, que pode ser utilizado diretamente na pele ou para a preparação de produtos. O óleo de coco prensado a frio tornou-se imensamente popular nos últimos anos, por conta de suas propriedades e inúmeros benefícios para a saúde e a pele.

De acordo com a dermatologista Whitney P. Bowe, da Advanced Dermatology NY, "A combinação de antiinflamatória, antioxidante e as propriedades anti-bacterianas e hidratantes fazem dele um óleo único. O óleo de coco é composto principalmente de gorduras saturadas e contém ácidos graxos de cadeia média, que ajudam a reparar a barreira cutânea e manter a hidratação, além de reduzir processos inflamatórios."

Este óleo é indicado para a pele, mas também é excelente para utilização nos cabelos e no couro cabeludo. Devido ao seu baixo peso molecular e afinidade proteica, é capaz de penetrar profundamente na fibra do cabelo.


Como fazer: (método de infusão ao sol)

Derreta 100g de óleo de coco em banho-maria

Coloque em um frasco esterilizado e limpo, com 50g. de flores secas de lavanda

Despeje o óleo de coco previamente aquecido dentro do frasco, de modo que cubra as flores. Neste caso, certifique-se de deixar algum espaço no topo, pois as flores podem expandir.

Misture o óleo com uma espátula ou uma colher de madeira e tampe bem o frasco. Você também pode envolvê-lo uma sacola de papel, a fim de acelerar o processo de infusão.

Coloque a jarra em uma janela ensolarada para cerca de 4-8 semanas, agitando o óleo a cada dia.

Passado o período, coe o óleo e armazene-o em local seco e fresco.

Os óleos macerados também podem adquirir belas fragrâncias. Você pode adicionar, por exemplo, favas de baunilha picadas para esta infusão juntamente com a lavanda, o que irá lhe conferir um aroma “extra”, adocicado e irresistível!


Macerado de confrei (para dores musculares e nas articulações)

Você vai precisar de:
* um frasco limpo, esterilizado e seco;
* 50g de folhas secas de confrei; (ou 100g de folhas frescas)
* 100 ml de óleo vegetal de gérmen de trigo ou copaíba.

Você pode produzir este macerado com o método de sua preferência. Escolha o que lhe for mais conveniente e siga as instruções dadas anteriormente.




O confrei é rico em alantoina, um notável proliferante celular; estimulante da produção de células responsáveis pela formação de colágeno e tecido conjuntivo, cartilagens, ossos, acelerando a restauração de lesões. Excelente para ossos quebrados e fraturados. Outro componente, o ácido rosmarínico, diminui a inflamação. Reduz a dor e o inchaço da artrite, da gota, da síndrome do túnel carpo,da tendinite, de entorses e estiramentos. Na pele, promove a cicatrização de feridas e a regeneração de tecidos. Principal remédio natural para primeiros socorros, na cicatrização de feridas, cortes, contusões, escaldaduras, queimaduras de sol e úlceras, com mínima formação de cicatrizes.
Advertência: a erva não deve ser usada durante a gravidez.

O óleo vegetal de gérmen de trigo contém alto teor de vitamina E antioxidante. Contém também fitoesterois, vitamina A, complexo B e lecitina. Pode ser usado em massagem esportiva para trazer alívio a músculos cansados, melhora a circulação e, externamente, ajuda a aliviar os sintomas da dermatite.
Advertências: pode causar reações na pele em pessoas alérgicas a glúten, de modo que é melhor fazer um teste antes de usar. O uso regular deste óleo pode promover o crescimento de pelos.

O óleo vegetal de copaíba é rico em β-cariofileno. As moléculas de β-cariofileno atuam liberando β endorfina, que alivia a dor e age como antiinflamatório.  Os hidrocarbonetos da copaíba contém terpenos, incluindo o pineno, além de uma significativa quantidade de ácido caurenóico (tido como antiinflamatório, hipotensor, diurético, antimicrobiano, relaxante muscular e citotóxico). Muitas das propriedades da copaíba são atribuídas à ação do cariofileno e do ácido caurenóico. A copaíba é usada topicamente para aliviar a inflamação e ajudar a curar feridas, erupções cutâneas, dermatites, eczema e psoríase, além de ajudar a restaurar a pele danificada e curar pequenas cicatrizes.


Sugestões de ervas/propriedades

Analgésicas: alface-brava, camomila, erva-de-são-joão, flor-da-paixão, lúpulo, papoula da califórnia, solidéu, valeriana;

Anticatarrais: alho, alteia, eufrásia, eupatório, hidraste, hissopo, ínula, milefólio, pimenta-caiena, sabugueiro, salvia, tomilho tussilagem, uva-ursi, vara dourada, verbasco.

Antiespasmódicas: agripalma, anêmona, camomila, erva-de-são-cristóvão, solidéu, tília, tomilho, valeriana, verbena, viburno, viburno-bola-de-neve, visco-branco;

Antiinflamatórias: alcaçuz, calêndula, camomila, cúrcuma, erva-de-são-joão, olíbano, garra-do-diabo, gengibre, hamamélis.

Antimicrobianas: alcaçuz, alecrim, alho, calêndula, coentro, cravo-da-índia, equinácea, erva-de-são-joão, hortelã-pimenta, ínula, losna, mirra, pimenta-caiena, sálvia, tomilho uva-ursi.

Aromáticas: alecrim, angélica chinesa, betônica, camomila, canela, cardamomo, coentro endro, filipênula, forskohlii, funcho, gengibre, hissopo, hortelã-pimenta, salsão-selvagem, valeriana;

Diuréticas: alcachofra, astrágalo, buchu, cavalinha, folha e raiz de dente-de-leão, estigmas de milho, grama-de-ponta, raiz de cascalho, semente de salsão selvagem, shatavari, vara-dourada;

Emolientes: alcaçuz, alteia, borragem, confrei, feno-grego, ínula, morugem, olmo-americano, pétalas de rosa, tanchagem, tussilagem verbasco.

Estimulantes: alecrim, alho, angélica chinesa, árvore-de-cera, bodelha, calêndula, canela, crdamomo, dente-de-leão, freixo-espinhento, genciana, ginseng, hera-terrestre, hortelã-pimenta, losna, marroio-branco, milefólio, pimenta-caiena, raiz de cascalho, yam mexicano;

Hepáticas: agrimônia, agripalma, alcachofra, alecrim, aloe vera, aparine, azeda, dente-de-leão, esquisandra, freixo-espinhento, funcho, genciana, hidraste, hissopo, ínula, íris, kalmeg, losna, melissa, milefólio, salsão-selvagem, uva-espim, yam mexicano;

Laxantes: alcaçuz, resina de aloe vera, angélica chinesa, aparine, azeda, bardana, folha e raiz de dente-de-leão, íris, olmo-americano, sene, uva-espim;

Sedativas: agripalma, anêmona, bodelha, camomila, erva-de-são-cristóvão, erva-de-são-joão, flor-da-paixão, lúpulo, saw palmetto, solidéu, trevo-vermelho, valeriana, viburno, viburno-bola-de-neve, yam mexicano;

Tônicas: agripalma, alcaçuz, aveia-selvagem, bardana, buchu, calêndula, camomila, castanha-da-índia, confrei, framboeseira, genciana, ginseng, hidraste, hissopo, melissa, milefólio, mirra, pimenta-caiena, tomilho, trevo-vermelho, tussilagem, urtiga, verbena, visco-branco.


Referências:

McINTYRE, Anne. Guia completo de fitoterapia. São Paulo: Pensamento, 2011.

HOARE, Joanna. Guia completo de aromaterapia. São Paulo: Pensamento, 2010.

Creative Simple Life:
http://www.creativesimplelife.com

Plantas medicinais e fitoterapia:

School of Natural Skin Care:
http://www.schoolofnaturalskincare.com


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Plantas medicinais.

s Medicinais

Lúcia Gaspar
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco


         O uso de plantas como medicamento é provavelmente tão antigo quanto o aparecimento do próprio homem. A preocupação com a cura de doenças sempre se fez presente ao longo da história da humanidade.
Bem antes do surgimento da escrita, o homem já utilizava ervas para fins alimentares e medicinais. Buscando as espécies vegetais mais apropriadas para sua alimentação ou para cura de seus males, nossos ancestrais foram descobrindo as que serviam para se alimentar, se medicar, as que eram venenosas e as que causavam efeitos alucinógenos.
Um tratado médico datado de 3.700 a C., escrito pelo imperador chinês Shen Wung, é um dos mais antigos documentos conhecidos sobre as propriedades medicinais das plantas. Os egípcios, 1.500 a. C. já utilizavam ervas aromáticas na medicina, na culinária e, principalmente, em suas técnicas para embalsamar os mortos. Os sumérios da Mesopotâmia possuíam receitas valiosas, que só eram conhecidas por sábios e feiticeiros. Na Índia, aproximadamente no ano 1.000 a. C., o uso de ervas era bastante difundido.
          Durante a Idade Média, o cultivo das ervas utilizadas como alimentos, bebidas e remédios, ficou a cargo dos monges, que as plantavam ao redor dos mosteiros e igrejas.
Na Europa, principalmente na Inglaterra, a medicina alternativa tem cada vez mais adeptos e nos Estados Unidos há uma grande quantidade de farmácias naturais.
No Brasil, o conhecimento das propriedades de plantas medicinais é uma das maiores riquezas da cultura indígena, uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração. O índio tem um conhecimento profundo da flora medicinal, retirando dela os mais diversos remédios, usados de diferentes formas. Suas práticas curativas e preventivas estão relacionadas com o modo como ele percebe a doença e suas causas, sendo realizadas pelo pajé em rituais cheios de elementos mágicos e místicos.
Existe uma grande quantidade de espécies em todo o mundo e a Amazônia abriga 50% da biodiversidade do Planeta. De acordo com dados de instituições de pesquisas da região, cerca de cinco mil, dentre as 25 mil espécies amazônicas, já foram catalogadas e suas propriedades terapêuticas estudadas.
As plantas medicinais podem ser adquiridas em mercados públicos, lojas de ervas, podem ser colhidas no campo ou cultivadas em jardins, hortas, e até em vasos.
Mais de 25% de todos os medicamentos são de origem vegetal. As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo, buscando-se novas fontes para obtenção de princípios ativos, responsáveis por sua ação farmacológica ou terapêutica.
 Do ponto de vista científico, no entanto, ainda é um campo pouco estudado e difundido no País, apesar da riqueza da flora brasileira, ficando os estudos na área mais restritos à antropologia e ao folclore, através da medicina popular.
         Apesar de muitas plantas serem úteis ao homem, existem aquelas que produzem substâncias tóxicas ou venenosas. É preciso conhecer bem as características de cada planta para poder usá-la como remédio.
 É comum se ouvir dizer que o uso das plantas medicinais se não fizer bem, mal não fará, porém não é bem assim. Sua utilização inadequada poderá trazer efeitos indesejados. É necessário ter conhecimento da doença ou do sintoma apresentado e fazer a seleção correta da planta a ser utilizada, além de preparação adequada. A forma de uso, a freqüência e a quantidade são aspectos muito importantes para sua utilização. A dosagem deve observar a idade e o tipo de metabolismo de cada pessoa.
         As plantas medicinais podem ser preparadas utilizando-se diversas formas:
·         cataplasmas (preparação de uma espécie de pomada para uso externo, de uso tópico);
·         decocção (fervura para dissolução das substâncias através de ação prolongada da água ou calor);
·         inalação (combinação de vapor d’água com substâncias voláteis das plantas aromáticas);
·         infusão (modo tradicional de preparação dos chás);
·         maceração (a substância vegetal fica em contato com álcool, óleo, água ou outro líquido para dissolver o princípio ativo) ;
·         sumos ou sucos (espremidos em pano, triturados em liquidificador ou pilão, podendo ser adicionada água ou não);
·         vinhos medicinais (preparações para dissolver as substâncias vegetais em vinho puro);
·         poções (soluções onde são agregados xaropes, tinturas, extratos ou outros ingredientes);
·         torrefação (utilizando-se o fogo para retirar a água e modificar algumas propriedades da planta);
·         ungüento e pomadas  (preparado através da mistura do suco, tintura ou chá da planta medicinal com vaselina ou lanolina).
·         xarope (preparações dissolvendo-se a substância da planta em açúcar e água aquecidos, obtendo-se o ponto de fio).
As plantas medicinais são utilizadas para os mais diferentes efeitos, entre os quais podem ser destacados: o anticatarral (inibe a formação de catarro); o antiespasmódico (evita ou alivia as contrações musculares dolorosas); antiflatulento (elimina os gases intestinais); anti-reumático (combate o reumatismo); antitussígeno: (inibe a tosse); diurético (auxilia a eliminação de líquidos pelos rins); emético (provoca vômito); expectorante (elimina a mucosidade do aparelho respiratório); hemostático (estanca hemorragias); laxante (solta os intestinos); obstipante (prende os intestinos).
          Abaixo estão relacionadas, em ordem alfabética, algumas plantas medicinais com seus nomes populares e suas indicações terapêuticas:
  
abacate – a casca é vermífuga e anti-hemorrágica; o caroço ralado é um tonificante do couro cabeludo e o chá das folhas é indicado para problemas renais;
abóbora  (jerimum) – vermífugo, especialmente indicado para a taeníase (tênia); (verminose);
agrião  - infecções das vias respiratórias, antianêmico e digestivo;
alfavaca – antigripal, diurética e hipotensora. As sementes são usadas contra blenorragia;
alho roxo – dores de dente, cólicas, flatulência, asma e prisão de ventre;
andiroba – o óleo das sementes friccionadas é usado para bursites e nevralgias, funcionando também como repelente de insetos;
arnica (erva lanceta ou rabo de rojão) – serve para pancadas, contusões;
babosa – o sumo das folhas é usado como xampu anti-caspa, combate à queda de cabelos e para lavar feridas, úlceras, eczemas e hemorróidas;
boldo – digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e é usado também nas febres intermitentes;
camomila – antiespamódica, antinevrálgica, digestiva, combate urticárias e inflamações de garganta;
cabacinha – utilizada em infusão para o combate a sinusite. O chá é abortivo.
capim-santo – tranqüilizante, usado também contra as diarréias e a hipertensão;
carrapicho – o chá das folhas serve para combater diarréias e problemas renais;
cidreira – o chá é calmante e faz bem ao estômago e combate a diarréia;
eucalipto – o chá combate a febre e a inalação serve para sinusite e broquite;
erva-doce – tranqüilizante, antiespamódico, afrodisíaco e diurético;
fava – a infusão das folhas usadas para banhos e emplastos é usada contra impetigo;
goiaba – o chá dos brotos novos serve para combater a diarréia;
graviola – o chá das folhas é usado contra o diabetes;
hortelã – é antiespamódica, atua contra vômitos, combate enxaquecas;
ipecacunha – o chá da raiz combate anginas, úlceras e sífilis. O lambedor é usado contra a gripe;
jabuticaba – gargarejo com a casca do fruto cozido serve para afecções da garganta;
jurubeba – desintoxicante e combate os males do fígado;
louro – o chá das folhas é usado contra reumatismo e nevralgias;
manjericão – o chá com leite é sedativo da tosse;
maracujá – tanto as folhas como o fruto são calmantes;
mastruço – expectorante, antiinflamatório e o chá serve para cólicas;
melancia – diurético;
mulungu – o chá é indicado para bronquite, asma, febre e problemas hepáticos, e o banho com a infusão da casca é calmante e combate a insônia;
pau-brasil -  a infusão das folhas é indicada para o combate ao diabetes;
pitanga – o chá das folhas é antitérmico;
quebra-pedras – o chá é antitóxico e diurético, sendo indicado para a diluição de cálculos renais.
romã – a infusão da casca do fruto á antitóxica e digestiva, tendo também ação atiespamódica;
unha-de-vaca – indicada para combater o diabetes.

Recife, 30 de junho de 2008.
(Atualizado em 8 de setembro de 2009).


FONTES CONSULTADAS:

BREVE história das ervas. Disponível em: <http://users.matrix.com.br/mariabene/breve_historia_das_ervas.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.

ERVAS medicinais. Disponível em: <http://www.bethynha.com.br/ervas.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.

PLANTAS medicinais. Disponível em: <http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/>. Acesso em: 26 jun. 2008.

PLANTAS e ervas medicinais da Amazônia: um mercado em expansão. Disponível em: <http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A15ecologia1.htm>. Acesso em: 26 jun. 2008.

SOSSAE, Flávia Cristina. Plantas medicinais. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/biologia/prociencias/medicinais.html>. Acesso em: 25 jun. 2008.


COMO CITAR ESTE TEXTO:

Fonte: GASPAR, Lúcia. Plantas medicinais. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano.
Ex: 6 ago. 2009.
 

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